Berlinês

Viagem pelo parque natural do SW alentejano e costa Vicentina 

Sagres

Visitamos a fortaleza de Sagres onde vimos os vários instrumentos, técnicas e réplicas de barcos usados pelos navegadores na época dos descobrimentos. Tem que se pagar para entrar neste local mas o valor é pequeno e vale bem a pena. Ficamos a saber também que (além de muitas outras coisas) este local foi sempre importante para os navegadores porque oferecia abrigo às embarcações antes da perigosa navegação na zona do cabo de S. Vicente. Devido ao risco de serem empurrados pelas ondas para as falésias do Cabo, os navegadores preferiam esperar condições favoráveis de vento e mar nas enseadas próximas. 

Esta fortaleza encontra-se no promontório de Sagres ou ponta de Sagres. Da sua falésia escarpada, muito batida pelo vento, usufruimos de uma paisagem deslumbrante ao longo da costa com destaque para as enseadas de Sagres, o cabo de São Vicente (cabo situado no extremo sudoeste de Portugal continental que se encontra 4km a oeste e 3km a norte da ponta) e a imensidão do oceano Atlantico. Não se sabe qual destes dois locais foi considerado o promontorio/cabo sagrado, onde, segundo Estrabão (sec. 63 ou 64 a.C - 23 d.C) não existiam templos, só pedras, não havia água, não eram permitidos sacrificios nem a pernoita no local, afrmando-se que era quando os deuses vinham (o sol era cem vezes maior ao pôr do sol e a noite vinha abruptamente). Não ficamos para o pôr do sol para ver isso...

Lagos

Foi o último local onde fomos neste dia e onde jantamos. É uma cidade portuguesa com um grande centro pedonal e com muitos turistas, garnde parte destes estrangeiros. Possui muitos estabelecimentos comerciais e pareceu-nos uma cidade cheia de vida, com uma marina e muita oferta turistica. Possui uma praia bonita e um areal extenso (adoro aqueles guarda-sóis que me fazem lembrar a República Dominicana), está historicamente ligada ao descobrimentos portugueses, possuindo uma bela praça com a estátua do Infante Dom Henrique.

Odemira

Não conseguimos aproveitar a manhã (chegamos muito tarde de Lagos) mas fomos almoçar a Odemira. Fizemos um passeio pedonal pelas margens do rio Mira que aconselho vivamente.

Vila Nova de Santro André

Quisemos aproveitar o último dia de férias e  por isso levantamo-nos e saímos cedo de Vila Nova de Milfontes e só parámos  na praia de Lagoa de Santo André. Um areal gigante, areia limpa, fina e branca, outra praia fantástica!!!

 Alcácer do sal

Cidade bonita do distrito de Setúbal que ficou a dever a sua riqueza à pesca e à exploração do sal (daí o seu nome) apesar de estas terem sido, em meados do sec XIX, superadas pela cultura do arroz. 
Percorremos o bonito centro histórico e subimos ao castelo onde desfrutamos da vista fantástica e de cortar a respiração sobre o rio Sado. Aqueles campos de um verde forte próximos do rio são de arroz (uma colega que era da zona de Figueira da Foz disse-me que os campos de arroz era a mais linda paisagem para ter perto de casa porque a sua cor varia muito ao longo do ano, nunca haveria monotonia como eu gosto).

Península de Troia 

A Península de Troia é uma restinga (faixa arenosa que se forma nos estuários dos rios devido à deposição de sedimentos) entre o Oceano Atlântico e o estuário do rio Sado no concelho de Grândola. Adoramos percorrer o passadiço que liga as praias à marina e que protege as lindas dunas e a sua vegetação (impedem a erosão costeira). A praia forma uma paisagem litoral de uma costa baixa com areia fina e muito branca. Fiquei com pena de não atravessar para Setúbal pelos dois terminais fluviais que asseguram a ligação mais curta aquela cidade mas o tempo não deu para tudo. De seguida, rumo ao norte onde ja chegamos muito tarde mas de coração cheio...

PS- Na descrição dos primeiros dias ficou a faltar falar da praia da Lagoa da Albufeira em Sesimbra. Sem dúvida mais uma praia linda que vale a pena conhecer...